Brasil-Japão debatem fortalecimento das relações comerciais
A uma plateia de mais de 400 lideranças governamentais e empresários brasileiros e japoneses, o secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Márcio Elias Rosa, destacou, nesta quarta-feira (5/7), a retomada do crescimento econômico brasileiro no primeiro trimestre de 2023, muito acima das projeções, e disse que a neoindustrialização vai aumentar a capacidade de progresso do Brasil, com atração de investimentos externos. Ele participou da abertura da 24ª Reunião Plenária do Conselho Empresarial Brasil-Japão, em Belo Horizonte (MG).
“Não é apenas uma reindustrialização mas uma neoindustrialização, porque é baseada em outros valores, outras premissas, capaz de ser inclusiva, fomentar a nossa balança comercial, diversificar nossa pauta de exportação e, também, fomentar o crescimento externo e a atração de investimentos”, ressaltou Elias Rosa. De acordo com ele, a neoindustrialização passa, necessariamente, por pautas de sustentabilidade, como descarbonização, bionegócio e transição energética.
Nesse sentido, a prorrogação do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores (Padis), até dezembro de 2026, que incluiu na iniciativa a produção peças e equipamentos usados na fabricação de painéis solares, foi apontado como exemplo de que o Brasil já está no caminho da neoindustrialização.
“Brasil é também território para se investir nessas áreas. Seja no desenvolvimento da energia solar, seja de semicondutores, o Brasil pode ser destino de investimentos seguros”, destacou.
Brasil-Japão
Criado em 1974, o Conselho Empresarial Brasil-Japão (Cebraj) é uma iniciativa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e da Federação Empresarial do Japão (Keidanren), para identificar temas estratégicos para a melhoria do ambiente de negócios e indicar, aos governos dos dois países, a agenda prioritária para o comércio bilateral.
Durante o encontro, o secretário Executivo, Márcio Elias Rosas, ressaltou que os debates realizados pela Cebraj são uma clara demonstração da magnitude e da importância da parceria estratégica entre o Brasil e o Japão e abrangem as grandes prioridades do momento atual para a indústria; o comércio e a diversificação das cadeias globais de valor. “Temos espaço e interesse em estreitar a histórica e densa parceria comercial com o Japão”, destacou Márcio Elias.
O Brasil é o maior parceiro comercial do Japão na América Latina e destino de 21,4 bilhões de dólares em investimentos japoneses, segundo o Banco Central, investimento que se concentra principalmente no setor de indústrias de transformação. O Japão foi o 9º maior parceiro comercial do Brasil em 2022.